O jornal Valor Econômico publicou recentemente uma matéria abordando a possibilidade do Novo Mercado acabar com a exigência de reserva de 10% das ações para o varejo nas ofertas de papéis realizadas pelas empresas listadas no segmento – isso passaria a ser opcional. Na contramão das intenções da própria BM&FBOVESPA e do setor de atrair o investidor pessoa física para o mercado de capitais, a mudança consta na proposta de reforma do segmento de mais alto grau de governança corporativa da Bolsa.
Esse foi um dos pontos que receberam críticas e sugestões do mercado durante a recente audiência pública realizada pela BM&FBOVESPA.
A intenção da Bolsa com a medida é se adaptar à instrução da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que permite oferta de ações apenas para investidores qualificados (com ao menos R$ 1 milhão em aplicações) – as chamadas ofertas com esforço restrito, mais rápidas e menos custosas do que as tradicionais. Para alguns participantes do mercado, porém, a Bolsa não precisa excluir a regra da reserva, mas só flexibilizá-la para os casos em que as empresas optem pelo modelo de esforço restrito.
Na ocasião, os jornalistas Rodrigo Rocha e Juliana Machado ouviram diversas fontes do mercado, entre elas a ANCORD. “A mudança é prejudicial a esses investidores. Esse requisito surgiu com o intuito de trazer o investidor individual para as companhias listadas no Novo Mercado e no Nível 2”, afirma Renata Saifi, advogada e coordenadora dos comitês setoriais da ANCORD.
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