O Laboratório de Inovação do Banco Central (BC), grupo de trabalho formado no Departamento de Tecnologia da Informação, tem pesquisado as vantagens da utilização do DLT (Distributed Ledger Technology), a tecnologia do blockchain. Entre seus potenciais usos estão a emissão de moedas eletrônicas, a criação de um sistema de gerenciamento de identidades e de um sistema alternativo de liquidação de transações – este último, escolhido para teste de aplicabilidade.
A pesquisa concentrou-se em verificar se a tecnologia blockchain poderia manter um sistema financeiro operante em caso de completa indisponibilidade do Sistema de Transferência de Reservas (STR) do BC.
“Essa tecnologia ainda não está madura o suficiente, apesar de ter potencial. Esbarramos em questões de privacidade entre instituições financeiras, que infringem os requisitos atualmente exigidos pelo Banco Central. Mas, se fosse possível alterar esses requisitos, daria para manter o sistema financeiro operando em regime de contingência no caso de uma queda completa do BC. O Blockchain poderia nos dar algo que não conseguimos com as tecnologias atuais”, afirmou Aristides Andrade Cavalcante Neto, chefe adjunto no Departamento de Tecnologia da Informação (Deinf).
Por meio de estudos e eventos, o BC também tem acompanhado as mudanças trazidas pelas fintechs e os impactos das novas tecnologias no sistema financeiro.
De acordo com Adriano Pereira Rubim Silva, chefe adjunto no Deorf (Departamento de Organização do Sistema Financeiro), é fundamental entender o poder de disrupção dessas tecnologias e compreender como elas são enquadradas na regulamentação do país. Na visão dele, o BC deve atuar para absorver a maior quantidade possível de conhecimento, e não tolher e impedir a inovação e a eficiência.
Saiba Mais
>> Veja a notícia completa no site do BC
>> Veja o artigo “Distributed ledger technical research in Central Bank of Brazil” divulgado pelo BC