O corte acima do esperado dos juros básicos pelo Comitê de Política Monetária (Copom) no dia 11 de janeiro influenciou também as taxas dos papéis do governo federal negociados no sistema do Tesouro Direto. A Selic foi de 13,75% ao ano para 13%, quando a maioria do mercado esperava uma redução para 13,25%.
As quedas foram mais acentuadas nos papéis mais curtos e prefixados, caso da LTN, ou Tesouro Prefixado, com vencimento em 2019, e que caiu de 10,80% ao ano para 10,45%, queda de 0,35 ponto percentual. O mesmo papel para 2023 caiu de 11,35% para 11,05%, redução de 0,30 ponto percentual. Estas são as taxas de compra dos papéis, ou seja, quando o investidor adquire o título do Tesouro.
Já o título prefixado que paga juros semestrais, a NTN-F, com prazo mais longo, para 2027, passou a pagar no dia 12 de janeiro juros de 10,94%, ante 11,19% do dia 11. A queda foi de 0,25 ponto percentual.
O motivo para o impacto ser maior nos papéis mais curtos é porque a decisão do Copom influencia mais o juro de curto prazo. Como não se sabe a extensão do corte, o mercado evita reduzir muito as projeções de longo prazo. Mas, no mercado futuro de DI da BM&FBOVESPA, as taxas até 2021 já estão abaixo de 11% ao ano.
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